Pecados da cidade segundo o PS

O PS concelhio promoveu uma visita pela área central da cidade para demonstrar os problemas relacionados com as acessibilidades e a requalificação urbana. Os socialistas criticaram aquilo que entendem estar menos bem e também fizeram sugestões.

Os visitantes começaram a visita em Santo António e, a pé, passaram sucessivamente pelas ruas Bento Carqueja, António Alegria, Manuel Brandão, Aníbal Beleza e Arantes de Oliveira, terminando junto à Avenida D. Maria II.

Em Santo António, Helena Terra considerou que aquela zona “está como desde que me conheço”. A deputada chamou a atenção para o mau estado do piso, lamentou que “a entrada Norte da cidade não tenha o piso nivelado, o que tem é o que resta da antiga estrada nacional com uns remendos de alcatrão”.

Uma zona de polémica

A paragem seguinte foi junto à estação dos CTT, onde os socialistas quiseram demonstrar “as dificuldades com as acessibilidades naquele local. Esta zona teve alguma intervenção, foi feito um passeio mais largo e ajardinado, comprometendo-se alguns lugares de estacionamento”. Helena Terra aludiu ainda “à polémica em que está envolvida esta zona com a construção de um empreendimento imobiliário de grandes dimensões. A Câmara disse que o arruamento ia avançar e, pouco tempo depois, já era o empreendimento de grandes dimensões, que vai criar graves problemas estruturais de urbanismo e de acessibilidades, numa área de acesso à zona industrial”.

A presidente da concelhia do PS considerou que “a zona pedonal vem com décadas de atraso” e, concretamente, em relação à confluência das ruas Conde de Santiago de Lobão e Bento Carqueja sustentou que “tem grandes problemas de acessibilidades” e manifestou-se contra a projectada construção do empreendimento previsto, porque “será a asfixia de toda a zona. A construção terá sempre a nossa oposição, porque compromete irremediavelmente um futuro que passe por esta zona da cidade”.

Construções e reconstruções

Depois de percorrer a zona pedonal, verificando que o piso para os automóveis em lajedo de granito é melhor do que o dos piões em cubos e muito irregular, a comitiva deteve-se na Rua António Alegria. Aqui, Helena Terra chamou a atenção, numa altura em que tudo pode ser alterado, para o adiantado estado de degradação de alguns imóveis, pedindo à Câmara Municipal que estabeleça regras e limites na reconstrução desses ou na construção de novos, “para que não se transforme esta zona numa série de muros de betão”. A substituição dos candeeiros, verdadeiras peças de arte, por outros, estilizados, que não têm nada a ver com a rua, foi verberada pelos socialistas, que face a alguma degradação numa área inaugurada há pouco tempo, pediu aos oliveirenses que respeitem os equipamentos.

Estrangulamento e falta de limpeza

O estrangulamento na Rua Arantes e Oliveira, logo a seguir à Churrasqueira Africana, também mereceu alguns comentários. Helena Terra referiu que “a Câmara Municipal já há muito tempo que começou a fazer a notificação dos proprietários e ocupantes, mas nada foi feito. É urgente, para acabar com a planificação deste arruamento, já que constitui um estrangulamento, pelo que temos a cidade em constante desarrumação”.

Acusado de “leviandade política naquilo que propõe”, o PS, de acordo com Helena Terra tem pautado a sua actuação por uma postura “séria e responsável, com a noção de que só assim os oliveirenses nos podem ouvir”. A introdução veio a propósito do estado de degradação em que se encontra o recanto entre as escolas Soares Basto e Bento Carqueja, porque, prosseguiu a presidente da concelhia do PS, “não implica grandes meios nem despesas, basta demonstrar algum brio na nossa terra. Quem tem brio não tem numa das entradas da cidade um cartão de visitas destes que nos deixa envergonhados”.


Fonte: Correio de Azeméis
Data: 2006-07-04 18:28

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